
O hipogonadismo marcado, decorrente de doenças testiculares ou hipofisárias, apresenta manifestações clínicas evidentes, como redução da libido, perda de massa muscular, anemia e fogachos. A reposição de testosterona é eficaz na correção dessas alterações em muitos homens. Entretanto, a maioria dos pacientes atualmente tratados são de meia-idade ou idosos, com níveis apenas moderadamente reduzidos de testosterona e sintomas inespecíficos, o que torna os benefícios e riscos menos claros e alvo de debate.
Ensaios clínicos como o Testosterone Trials (TTrials), o TRAVERSE e o T4DM investigaram desfechos diversos. Os achados mais consistentes incluem melhora da função sexual (libido, atividade sexual e, em alguns casos, função erétil), correção da anemia e modestos ganhos em energia, humor e capacidade de caminhada. Também foram observados aumento da densidade mineral óssea e melhora da arquitetura óssea.
Por outro lado, a terapia não demonstrou benefício em cognição para homens sem doença cognitiva prévia, não preveniu diabetes em pacientes com pré-diabetes (exceto quando combinada a intervenção no estilo de vida) e não melhorou o controle glicêmico em diabéticos.
Quanto à segurança, os dados indicam ausência de aumento no risco de eventos cardiovasculares maiores (MACE) ou câncer de próstata em pacientes selecionados, mas revelam maior incidência de embolia pulmonar, fibrilação atrial e fraturas clínicas, além do risco conhecido de eritrocitose, principalmente com formulações injetáveis. O monitoramento rigoroso é essencial, incluindo avaliação de risco prostático, urinário e tromboembólico antes e durante o tratamento.
A decisão de prescrever testosterona deve considerar o grau de hipogonadismo (maior benefício em níveis <200 ng/dL), a gravidade dos sintomas e a disposição do paciente em aceitar os riscos e a necessidade de acompanhamento contínuo.
Nota editorial: Este conteúdo foi desenvolvido com o apoio de tecnologias de inteligência artificial para otimização da redação e estruturação da informação. Todo o material foi cuidadosamente revisado, validado e complementado por especialistas humanos antes de sua publicação, garantindo a acurácia científica e a adequação às boas práticas editoriais.
Referências
- Bhasin S, Snyder PJ. Testosterone Treatment in Middle-Aged and Older Men with Hypogonadism. N Engl J Med. 2025;393(6):581-591. doi:10.1056/NEJMra2404637.

Escrito por Med.IQ
Biografia
A primeira healthtech knowledge da América Latina. Conectamos, criamos e disseminamos conteúdo com o propósito de promover mudanças e fomentar novas possibilidades de futuro para médicos e pacientes. Viabilizamos soluções de educação, com informação, pesquisa, tecnologia médica e cursos para área da saúde.