INFECTO 2025 – Os desafios de envelhecer com HIV

*Médico Infectologista, Chefe do Departamento de Infectologia da UNESP, Coordenador Científico da Sociedade Brasileira de Infectologia e Presidente da Comissão Científica do Infecto 2025. 

#Médica e Pesquisadora da Unesp Botucatu 

Durante o INFECTO 2025, a pesquisadora Dra. Pietra apresentou resultados de um estudo conduzido no Serviço de Infectologia de Botucatu (SAE), que avaliou pacientes adultos em terapia antirretroviral regular. Os participantes foram divididos em dois grupos: menores de 50 anos e maiores de 50 anos. 

A análise mostrou que os pacientes com mais de 50 anos apresentaram melhor adesão ao tratamento, com menor chance de carga viral detectável e menor risco de falha terapêutica. Um dado relevante é que, atualmente, a maioria dos pacientes acompanhados no serviço são idosos vivendo com HIV, o que reflete o envelhecimento progressivo das coortes e a crescente presença de comorbidades associadas. 

Nesse cenário, a possibilidade de terapias simplificadas surge como uma estratégia promissora, especialmente para essa população que demanda esquemas eficazes, bem tolerados e adaptados ao perfil geriátrico. 

O estudo reforça a necessidade de acompanhar o envelhecimento das pessoas vivendo com HIV, garantindo não apenas o controle virológico, mas também a qualidade de vida e o manejo das condições clínicas associadas. 

Referências: 

1. Stanicki PV, Tasca KI, Zimmerman WR, Machado A, Arruda ALQ, Priuli BN, Almeida Filho EL, Batista GMG, Azevedo MF, Mantovani MM, Szogyenyi RV, Barbosa AN. Cada vez mais, menos é mais: efetividade superior da TARV dupla simplificada em vida real de uma grande coorte brasileira. In: XXIV Congresso Brasileiro de Infectologia – Infecto 2025; 2025 set 16–19; Florianópolis, Brasil. São Paulo: Sociedade Brasileira de Infectologia; 2025.