
Dra. Mariana Scaranti, Líder Nacional da Oncoginecologia na DASA, apresenta os resultados do estudo KEYLYNK-001 no tratamento do câncer de ovário avançado
O estudo KEYLYNK-001 (ou GOG-3036), apresentado no SGO de 2025, investigou diferentes abordagens terapêuticas para o câncer de ovário avançado em pacientes com BRCA selvagem, que ainda não haviam recebido tratamento sistêmico. Com a inclusão de 1.367 pacientes randomizadas em três braços, o estudo comparou a quimioterapia convencional (carboplatina e paclitaxel) com a combinação de pembrolizumabe e olaparibe em manutenção. A Dra. Mariana comenta que o principal objetivo do estudo foi avaliar a sobrevida livre de progressão (PFS), tanto na população total quanto no subgrupo com alta expressão de PD-L1 (CPS ≥10).
Os resultados mostraram que a combinação de pembrolizumabe e olaparibe resultou em um aumento significativo na PFS, com um hazard ratio de 0,65, tanto na análise interina quanto na final, para as pacientes com CPS ≥10. A especialista destaca que este benefício foi mantido mesmo na análise por intenção de tratar, quando comparado à quimioterapia convencional. Por outro lado, a combinação de quimioterapia com pembrolizumabe isolado não demonstrou benefício adicional na PFS, sugerindo que a adição do olaparibe foi fundamental para o aumento da eficácia.
Embora a sobrevida global não tenha mostrado diferença significativa entre os grupos, uma análise exploratória pós-hoc revelou que pacientes com perda de heterozigosidade (LOH) baixa, que não haviam utilizado bevacizumabe, apresentaram um benefício claro ao receber a combinação de pembrolizumabe. A Dra. Mariana comenta que, para essas pacientes, observou-se um aumento tanto na PFS quanto na sobrevida global, principalmente no grupo com CPS ≥10. Esses achados geram novas hipóteses sobre o papel do pembrolizumabe na compensação da falta de bevacizumabe, embora ainda se trate de uma análise exploratória.
Em relação à segurança, os perfis de segurança dos tratamentos utilizados estavam dentro das expectativas, com resultados já conhecidos para o pembrolizumabe e o olaparibe. A especialista finaliza ressaltando que o estudo reforça a importância da análise de biomarcadores, como PD-L1 e LOH, para a personalização do tratamento do câncer de ovário avançado. A combinação de pembrolizumabe e olaparibe se mostrou promissora, particularmente para pacientes com CPS ≥10 e LOH baixa, representando uma nova estratégia terapêutica que pode ser relevante na prática clínica.
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Escrito por Oncologia Brasil
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