Novas fronteiras no tratamento da depressão: vilazodona e vortioxetina como opções multimodais

No Masterclass Psiquiatria 2025, foram debatidas novas fronteiras no tratamento da depressão, incluindo vilazodona e vortioxetina. Este texto sintetiza os principais aprendizados.

A depressão é uma condição heterogênea e multifatorial que demanda abordagens terapêuticas personalizadas. O desenvolvimento de antidepressivos com mecanismos multimodais representa um avanço significativo, oferecendo alternativas além dos ISRS. Nesse contexto, destacam‑se a vilazodona e a vortioxetina, duas moléculas aprovadas nas últimas décadas.

Vilazodona

A vilazodona combina a inibição seletiva da recaptação de serotonina com atividade agonista parcial sobre o receptor 5‑HT1A, o que pode potencializar efeitos ansiolíticos e antidepressivos. Ensaios clínicos demonstraram eficácia na redução de sintomas depressivos acompanhados de ansiedade, além de perfil favorável na melhora funcional.

Vortioxetina

A vortioxetina é considerada um antidepressivo multimodal, pois além de inibir a recaptação de serotonina, modula receptores serotoninérgicos (agonismo 5‑HT1A; antagonismo 5‑HT3 e 5‑HT7, entre outros). Essa ação ampla se associa à melhora do humor, da cognição e da anedonia, com menor impacto em efeitos adversos sexuais e metabólicos do que alguns ISRS.

Individualização terapêutica

A escolha deve considerar o perfil sintomático predominante: vilazodona em quadros com ansiedade relevante; vortioxetina em casos com comprometimento cognitivo ou predomínio de anedonia. Ambas ampliam as chances de remissão e melhoram a qualidade de vida quando integradas a planos terapêuticos personalizados.

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