*Médico Infectologista, Chefe do Departamento de Infectologia da UNESP, Coordenador Científico da Sociedade Brasileira de Infectologia e Presidente da Comissão Científica do Infecto 2025.
O curso de cuidados paliativos em infectologia marcou o INFECTO 2025 ao destacar uma nova área de atuação que ganha cada vez mais relevância diante do envelhecimento populacional, da cronicidade das infecções e da complexidade terapêutica. O encontro ressaltou que os cuidados paliativos não significam interrupção do tratamento, mas sim a integração de estratégias centradas no paciente, com foco em qualidade de vida e dignidade.
Foram discutidos os conceitos gerais da prática paliativa, a importância de diretrizes na política nacional de cuidados paliativos, o uso de escalas diagnósticas e prognósticas para apoiar decisões clínicas e a análise crítica de casos clínicos complexos, incluindo pessoas vivendo com AIDS em estágio avançado, tuberculose multirresistente, infecções do sistema nervoso central e situações de sepse em final de vida.
O debate também abordou a estruturação dos serviços de cuidados paliativos em infectologia, explorando sua viabilidade tanto no sistema público quanto no privado. O curso evidenciou que a inclusão dessa prática amplia a capacidade de resposta do sistema de saúde, garantindo atenção integral a pacientes em condições de vulnerabilidade.
Assim, os cuidados paliativos em infectologia se consolidam como uma área emergente e indispensável, reforçando a especialidade não apenas como campo de combate a infecções, mas também como protagonista no cuidado humano, ético e integral em todas as fases da vida.




