Imunoterapia adjuvante se destaca no tratamento do carcinoma cutâneo de alto risco

Estudo C-POST aponta ganho robusto de sobrevida livre de doença com cemiplimabe adjuvante

Oncologia Brasil

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22 ago, 2025

O estudo de fase 3 C-POST, publicado no New England Journal of Medicine, demonstrou que o uso de cemiplimabe como terapia adjuvante reduziu de forma significativa o risco de recorrência em pacientes com carcinoma cutâneo espinocelular (CEC) de alto risco após cirurgia e radioterapia. No ensaio, 415 pacientes foram randomizados para receber cemiplimabe ou placebo. Após um seguimento mediano de 24 meses, a taxa de sobrevida livre de doença em 24 meses foi de 87,1% (95% CI, 80.3 - 91.6) no grupo cemiplimabe, em comparação a 64,1% (95% CI, 55.9 - 71.1) no grupo placebo, correspondendo a uma redução de 68% no risco de recorrência ou morte.

O benefício se estendeu tanto para recorrências locorregionais quanto para recidivas à distância. Cemiplimabe reduziu em 80% o risco de recidiva local ou regional e em 65% o risco de metástase à distância. A eficácia foi observada de forma consistente em diferentes subgrupos, incluindo pacientes com tumores PD-L1 negativos.

O perfil de segurança foi compatível com o já conhecido para a classe, com eventos adversos de grau 3 ou superior em 23,9% dos pacientes tratados, levando à descontinuação em 9,8% dos casos. Apesar disso, a qualidade de vida relatada pelos pacientes foi preservada durante o tratamento.

Embora ainda não tenha sido demonstrado ganho em sobrevida global, os resultados reforçam o papel da imunoterapia no manejo do CEC cutâneo de alto risco, oferecendo uma nova estratégia para reduzir a chance de recorrência precoce da doença.

 

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Referências

  • 1. Rischin D, Porceddu S, Day F, et al. Adjuvant Cemiplimab or Placebo in High-Risk Cutaneous Squamous-Cell Carcinoma. N Engl J Med. 2025;393(8):774-785. doi:10.1056/NEJMoa2502449
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Escrito por Oncologia Brasil

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