Estudo confirma que combinação com pembrolizumabe mantém qualidade de vida em pacientes com câncer gástrico avançado HER2-positivo

O uso de pembrolizumabe em combinação com trastuzumabe e quimioterapia demonstrou melhorar a sobrevida sem comprometer a qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com câncer gástrico avançado ou de junção gastroesofágica HER2-positivo. É o que mostram os resultados da análise de qualidade de vida do estudo de fase III KEYNOTE-811, publicados na ESMO Open.

O ensaio clínico, conduzido em 698 pacientes previamente não tratados, comparou pembrolizumabe a cada três semanas versus placebo, ambos associados a trastuzumabe e quimioterapia. Os dados de eficácia já haviam mostrado ganho significativo em sobrevida global e sobrevida livre de progressão, levando à aprovação da combinação em diversos países, incluindo o Brasil.

Nesta nova análise, os pesquisadores avaliaram os desfechos relatados pelos pacientes por meio dos questionários EORTC QLQ-C30, EORTC QLQ-STO22 e EuroQoL EQ-5D-5L. Os resultados indicaram que não houve diferença significativa entre os grupos em relação às variações de qualidade de vida global, funcionamento físico ou sintomas como dor, náusea e perda de apetite.

Após 24 semanas de tratamento, cerca de 72% dos pacientes em ambos os grupos apresentaram escores estáveis ou melhorados de qualidade de vida. O tempo mediano até deterioração não foi atingido, reforçando que o acréscimo de pembrolizumabe ao regime padrão não aumentou o impacto negativo sobre o bem-estar dos pacientes.

Os achados sustentam o uso de pembrolizumabe + trastuzumabe + quimioterapia como tratamento de primeira linha para pacientes com adenocarcinoma gástrico ou de junção gastroesofágica HER2-positivo e expressão de PD-L1, consolidando essa abordagem como novo padrão terapêutico.

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