Amplificação de FGFR1 define subtipo agressivo de câncer colorretal

Oncologia Brasil

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29 ago, 2025

Um estudo publicado no ESMO Open identificou a amplificação do gene FGFR1 como um marcador prognóstico distinto e de mau prognóstico no câncer colorretal (CCR). A análise incluiu 608 amostras de pacientes tratados entre 2014 e 2024, complementada por validação em 19 bases de dados públicas, o que elevou o total avaliado para 7.606 casos de câncer colorretal.

Os pesquisadores identificaram alterações em FGFR em 7,9% dos casos no coorte institucional (608 pacientes), sendo a amplificação de FGFR1 o subtipo mais frequente, presente em 3,8%. Esses achados foram confirmados em 6.998 casos de bases públicas, nos quais as alterações em FGFR ocorreram em 7,5% e a amplificação de FGFR1 em 4,3% dos tumores colorretais. Esse subtipo apresentou comportamento biológico agressivo, associado a maior risco de recorrência, progressão mais rápida da doença e sobrevida significativamente reduzida. Em análise multivariada, o impacto prognóstico foi comparável ao de mutações clássicas em KRAS e BRAF, tanto em estágios iniciais quanto metastáticos.

O trabalho também propôs uma solução prática para a detecção desse biomarcador. Um sistema de escore imuno-histoquímico (IRS) foi desenvolvido e mostrou 95,2% de concordância com os resultados de sequenciamento genômico, oferecendo uma alternativa viável e de menor custo para a triagem em rotina de patologia.

Apesar de inibidores de FGFR já serem aprovados em colangiocarcinoma e carcinoma urotelial, sua eficácia em câncer colorretal permanece limitada. Os autores sugerem que novas abordagens, como anticorpos monoclonais, possam representar uma estratégia mais promissora para essa população.

Segundo os autores, a identificação da amplificação de FGFR1 como biomarcador independente no CCR reforça a importância do perfil genômico na estratificação de pacientes e abre caminho para o desenvolvimento de terapias direcionadas para esse subtipo molecular agressivo.

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Referências

  • 1. FGFR1-amplified colorectal cancer: a distinct prognostic subtype identified through integrated genomic and immunohistochemical profiling. Lyu, X. et al. ESMO Open, Volume 10, Issue 9, 105561
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Escrito por Oncologia Brasil

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