ADA 2025 - Tirzepatida vs. Dulaglutida: Sinal de Maior Benefício Cardiovascular

Análise apresentada no ADA 2025, que buscou emular o estudo SURPASS-CVOT utilizando dados de prontuários de seguradoras, sugere que a tirzepatida pode ser superior à dulaglutida na redução de MACE em pacientes com diabetes tipo 2 e doença aterosclerótica. Para mais detalhes, acesse o link e confira o conteúdo completo!

O SURPASS-CVOT é um estudo clínico randomizado, ativo-controlado e ainda em andamento, que avalia o impacto da tirzepatida em comparação à dulaglutida na redução de eventos cardiovasculares maiores (MACE) em pacientes com diabetes tipo 2 e doença cardiovascular aterosclerótica (ASCVD). Entretanto, os dados apresentados no ADA 2025 não são provenientes do ensaio clínico, mas de uma análise observacional retrospectiva, que teve como objetivo emular o SURPASS-CVOT a partir de dados de registros de planos de saúde privados nos Estados Unidos, no período de junho de 2022 a agosto de 2024.

Foram identificados 15.775 pares de pacientes, balanceados por escore de propensão, que iniciaram tratamento com tirzepatida ou dulaglutida, estratificados pelo uso de inibidores de SGLT2 na linha de base. O desfecho primário foi MACE, composto por infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral ou morte por qualquer causa. As análises foram ajustadas para 125 covariáveis clínicas, além de uma análise complementar ajustada para HbA1c, disponível em aproximadamente 54% da população.

Com um seguimento mediano de 6 meses, a análise apresentada no ADA 2025 demonstrou que o uso de tirzepatida esteve associado a uma redução de 37% no risco de MACE em comparação à dulaglutida. Esse benefício permaneceu consistente na análise ajustada para HbA1c (HR 0,77; IC 95% 0,62–0,95) e foi observado independentemente do uso concomitante de inibidores de SGLT2.

Os autores destacam que essa análise, embora observacional e baseada em dados do mundo real, oferece um sinal relevante sobre o potencial benefício cardiovascular da tirzepatida frente à dulaglutida. Além disso, reforçam que os resultados apresentados no ADA 2025 podem contribuir tanto para a prática clínica quanto para o aprimoramento de futuros estudos observacionais robustos no contexto das terapias baseadas em GLP-1

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